sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Congonhas: Os Doze Profetas (Dedicado a meu irmão Phelipe Chiarelli)

Um dia
A gente acorda mais Cromo
E na janela
Já passaram cem anos:
morrerei, morre Tu.

Em Salvador aquela escola da igreja presbiteriana __
O " Dois de Julho " ___ Jazerá no além de cambulhada
com a cidade inteira ___ Pelourinho e tudo ___
Após a sétima Trombeta.

O rei de Tiro
programa um tiro no pé
E todos os caminhos da terra
estrada para Megido:

o homenzinho loquaz
Que andara à roda das feiras ali no trecho
Cruz das Almas - Feira de Santana vendendo balõezinhos de cor
Agora é visto no céu
Mesmo por cima dos reinos
todos do Mundo
Apregoando infatigável às aves de rapina que chegam
(e chegam de toda parte)
Os olhos muito redondos fitando as gentes
Lá embaixo:

" eh que evém ele o Churrasco!!!
Evém carnança da boa que hoje inteiro não fica
um cabra só que respire!!!"

As gentes cá embaixo embora enxerguem o homenzinho
nem cogitam num tiro, tão pasmas estão
daqueles gritos de rasgar os tímpanos,
muito embora os idiomas ali
andando à casa do milhar.

Então que o Cristo __ Nosso Senhor __
Ele mesmo aparece
montando as nuvens em pêlo o relho Inteiro
na mão: Depois então
'Caba o Mundo.

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