quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Cântico de Antares(Pro Augusto Guimaraens Cavalcanti)

Então que ainda me Existo
sob essências de  Pedra. Aquela nuvem distante,
os corvos em Tel-Amarna,
trigo nos estômagos do  homem.

Cinquenta e seis dias  fui  balaão no deserto,
eram  de areia as  palavras.
Primeiros deuses foram  estátuas de sal
sob crepúsculos ainda jovens
do  grande  Eufrates. Houve tardes,
manhãs.

Inda me  Existo
defronte aos  grandes Áquilas  de  ferro,
areias presas em relógios
me lembram  pássaros-Bronze________

Devo  Existir  até que sopro dos Três
complete  o   Livro  dos Dias.
(Imagem: Eco Morfológico, de Salvador Dalí)

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