sexta-feira, 13 de julho de 2012

Estudo

Maracangalha, praça  principal.
Manhã sacode a soneira assim
num quê mamulengo,
portas num chamegô
prum sol caiado  de vermelho e frio

A madrugada sumiu 
pra junto do Enxú do Mato,
e das quireras, sacis
mais poxoréus com tudo quanto é de-Medo,
voltam depois, Certezura.

Defronte à praça um buteco,
acaba mesmo de abrir
à espera dos velhos de liforme branco, 
chamando pro bucho o desjejum
manjado: Linguiça frita mais uca,
as marteladas nunca menos que dez

banzando à solta apareceu Biguá,
cachorro  da rua,
e que tem 32 donos: Balança um rabo sem pêlo
e some na ladeira  da esquina,
adonde aponta o turco mascate,
os velhos de olho
nas quinquineras trazidas,
embora os preços sejam de um tipo
que chama rusga e tabefe

Depois depois o banzé
da gente solta nas ruas,
passando à pressa a praça agora animada,
mulheres homens mundéus
desse  carrôço de boi
de mais um dia nheim-nheinhando
essa  VIDA...





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