quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Poema em cós, rés - de Nínive(Para minha irmã Débora Nascimento)

Profetão na andarança
pelas falésias das ruas. Rio cidade
de são Tião. Pés calçados
em Nada. Ele inteiro  Mistura
de São Raul com Geraldão Viramundo.

As pedras, deambulentes,
abrem passagem  - "rua é sua meu chapa
bora  Fudência
pra riba deles."

Pés, repito, cansados
dum mundo cão latindo advérbios
enquanto a morte
palita os dentes nas upas.

Profetão corre a cidade  Toda
olha hospitais escolas postos de saúde 
e as obras monstras da copa____
desespera num choro
ao ver nos zumbas mandantes  -
da prefeitura ao Planalto  -
olhos da Besta que subiu do Abismo.

Pés calçados em Nada
pára na frente dum tal palácio nas Laranjeiras
onde ele Sabe  -  um dos belzéus  chafurdeia  -
e berra, em  voz-Multidão
mensagem que os Três mandaram:

____ Quede Amarildo seus  putos!!!!
Você, cabral dos açúcris
e dos maracas  de nem-zé-Povo

vai chover fogo do céu
direto no mei' do teu cu seu puto
esfinges cuspindo piche
vão mastigar os teus bagos, os teus
e mais da tua camarilha
que anda matando o povoléu mais tudo

Beleléus 'tão chegando,
que teu lugar nas Cucuias
tá reservado e cativo

Num vai ter reza nem carpideiras
te chorando o lombo____
que enfim não vale um tasco
de bosta seca!!


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