terça-feira, 27 de agosto de 2013

Poslúdio(Soneto Inglês, nº 57 - Para minha irmã Laura Pires, em seu aniversário)

Mundo, por tuas praças retintas passam mercês
vestidas em quarta-feira, seguindo um Luto
após a morte das flores. Desandam pontes
sobre céus já saturados pelos edifícios.

Segue apagada a lamparina do Encanto
nos anjos mortos desde o grande Crepúsculo
já tênue nos baroléus da Memória, onde
 repousa Emaús em velha estrada Emboaba.

Coelhos dançam num sânscrito o calabouço
de cinco taças, Caronte espreita detrás
de espelhos presos nos olhos, túneis mais Nunca
dando canções da Manhã, sem mares

intermináveis um Dia. Águias recolhem os homens
das horas Findas, a Virgem apaga as últimas árvores.

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