terça-feira, 24 de setembro de 2013

Apologuês

Imaginados: Outubros e tubarões  
naquele bastardo hebreu se querendo  à porta da cidade -
todo pompeu de facho ardente na mão -
quando nem ele  nem greenspan sacaram  a mulher
com um pedaço de pedra a quase vinte metros de altura____  e  vos afirmo, irmões,
 que  mesmo os fiscais do sarney ou um playboy presidente
do CSA de Alagoas treinando pra caçar marajás um dia
 não impediriam o tal  bastardo
de ter fudida a cabeça às mãos 
 duma Zefa  d'antanho porque meu lôro merda se faz
também se paga às vezes no modo mig-Trocentos____

certeza  assim  
Gadanhenta....

              



sábado, 21 de setembro de 2013

Mantra em Prelúdio, nº 2

....E   fôra  essênia esperança,
porque mais luto choro quebranto
nos finalmentes que nem depois
que as legiões subiram o planalto
pra ver zé-vivo Nenhum,
serpentinada de chuva Grossa....

credo. Desque foi Tempo nos barrancês
que pra mim qualquer renata
é a mais difícil do mundo.... ver  jaguari-Canhambora
onde pros outros cabras
banzúrio de terra-Roxa....

Erão mais luto em Massada, como citado____
no corpo a dança cabinda machucarânça 
demais adulta pelas janelas 
que muito já desviram Cor....

renquê de Carma assim  Biguá, cachorro ali da Cachambi
sarnento que , andando triste na rua
naqueles dias de chover dia-Todo
e ninguém-Nada aparece
pra dar um quê de comer.... igual
meu rumo, cambono-Só.




segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Visões de São Mármaro, nº 10

A sala era assim vazia
porque o mundo inteiro descambonando
nos braços dela
avenidas gritam pelas calçadas
que faltaram ao trabalho, um fuzuê
pr'essas pessoas  já muito recauchutadas
a clínica do dr. Moreau agora opera
com doze atendentes à espera da clientela
caída de paraquedas em cima da letra O___

no destaque este mês a mulher mais triste do mundo
e os elefantes do circo de Niterói  -
salvaram do incêndio um avô mais três netos não mereciam
ter menos fama que o cachorro  Pickles  -

Mas  nas calçadas dos ouvidos
 ninguém  dimana  jardins
e o tal avô salvo pelos elefantes em Niterói
era o maior clarinetista de Niterói

mas é tarde tarde bem tarde muito tarde
gritam as areias da orla cansadas
 de tanta estrela descainte em cima

são mesmo os eclipses que não seguram
o índice bovespa nos calçadões nas janelas
na silva freire que afinal é Méier bem antes do marechal
subir nas barbas do imperador
às cinco  em ponto da tarde____

que arde em febre de trompetes
e mais gangrenas de ofício:

Paris valia mesmo dez missas,
grita a lembrança que nem que nem
uma besta que nem uma  Coisa.

sábado, 14 de setembro de 2013

Cabinda(Soneto Inglês, nº 60. Pro meu amigo Marco Neves mandar p'ressa pessoa Ossanha que muito mal lhe causou. Inspirado em Mário de Andrade)

Enfim a gente né mais assim
amigo um do outro Não, como seu Mário
diria. Você  repleto dessas várzeas Gordas
onde nem pulsa um renque de Escada

nos cangerês mais Cabindas agora deu
pra não-contança de história ver mãe d'água
nos ribeirões que foram nossa amizade 
(você maré de lúnios cós-em-Trevura),

meu cambonês viu desande do quanto
Mor lhe avisei que o boicabraque  era
ferrugem Rente, você de empós não viu
mandinga que lhe Chamasse, agora é Fim

como seu Mário diria: você candongo
de mar, você candongo de rio....

Roncó(Soneto Inglês, nº 59)

Praça são Salvador. As namoradas
que nunca tive fazem biscoitos de
chumbo pra mode que eu degustrôncio
e nada dele Amarildo. A noite

é ver caporas capitães do mato
nas janelências outrora guapas de
Infância, sendo Outra repartição
que funcionava assim movida

pelo sopro do Hóspede: onde Emaús
nas Cinco Salas de todos. Mas hoje
um burburéu catifundo trombona
mãos de petróleo e trinta peças de

prata  jerê-Candonga por tudo em
Roda. Ninguém mais vendo Amarildo.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Alumbre(Soneto Anoréxico - Coisança Lúdica, nº 10)

Entraste
Cantaste
Nas salas
de Mim

Eu todo
Voltei-me
Qual flor
Girassol

Teu: 
Tens
meu

Co
ra
ção.

Home, sweet....

Lá em casa
não se racha lenha
não falta água
nem luz gasgás telefunto
(a net assim num se vírtua mas
mia que Só)

nem 
cavaquices luares
relês ibós e sertões nem

se rapepeia um simonte como era
desde o princípio

e como nele princípio___
onde era adão prelas éguas
cabritas vacas: lá em casa

adonde moro eu-Distroncho
mulher pra mim
num tem Não.

Crônica: Bento Ribeiro - RJ, setembro de 1953(Pra minha irmã Laura Pires)

Simbora  falar: Causo à mó ver
menina de treze anos tocando os
ainda não muito  seios  e na janela
um demônio soprando espelhos
nos olhos dela  depois
eu conto o bode que Deu

enquanto  os Três  pressentem a mulher madura
naqueles  olhos e neles quase  dois  seios  que
na mesma  rua  Jandiniro  Aparício também nos treze vai
buscar  na punheta  essa  menina o pensamento pensando
que a punheta é certo  ver  espinhas  na cara

Os  Três  prevendo também  -
quando ela  em frente  do espelho 
pensando os seios que talvez chegança
e a festa dos quinze anos  -

for  a bruaca  madura de rosto  sem jardinagem
num cemitério velório mais quatro filhos chorando o
Jandiniro obeso  que morreu  'nfartado.


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Serenade(À memória de Glenn Miller - escrito no Santo Scenarium, rua do Lavradio, centro - RJ, em 11/09/2013, ouvindo uma big band de bolso tocar "Moonlight Serenade")

Não fosse
teu som Lunário  entrando  à força nas Cinco Salas  -
como a  Folia no iridó das Geraes  -
em nesse bar onde me esqueço à vida

meu pranto era talvez coisenorme
muito mais cérbero que as três cabeças
já ladrerentes nos condôs
iriMim....

Viva  tu donde estejas, Glenn-Serenade
Miller dos anzóis pereira....

Cantiguê Tristirim

Vida.
Nas ondas que marejou
dez tantos, de cem
Saudades.
Corridos lúnio, solstício___
daronde o mar me Morria,
encôche
de trás-o-Tempo.

Nascido: Signo táureo, porém de sumo:
Potoca. O  Méier, isso  certeza, merece, e
já viu macheza
milhó.

Mulher em flor não vi não
no tempo de zé-Minino
enquanto que os outros zés
numericavamxibiusnosvestiáriosdasaulasdeeducaçãofísica
e  Mor mangavam de mim. Gastura gastura  Quanta (!),
itabirana  -  de Ferro ___

me vi chimango  de Nunca
desque mirim.

Dispois vivi (vivi?)
no igrejo roncó
batendo palma pra maluco
temendo o forno do inferno
enquanto apóstolos
' nfiavam dólar no cu.

Visti batina à Calvino
enquanto vida me rancava o couro,
relei nos trinta assim virgím, virgím

fulgêncio em Nada
dotô de Nada, pimpão
de nem  Pisurubas, merdúrio-mor
sim senhores 

vida bateu
Botocuda, brutanimária
daronde  NADA
' ssa  sonhêra  que insiste
pra chumbulência dispois, isso bem desque
faz Muito. Trocadejando,
ói resumo___

vida: Nas ondas
que marejou
dez tantos de cem Saudades. Fugidos
lúnio, solstício, encôche
de trás-o -Tempo.

ERA  onde o mar me Morria.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Ábaco(Versão soneto inglês, nº 58 - À memória de Mário de Sá-Carneiro)

Às vagas de um não conter-Me  -
imensas, fartas, tão... Diluviais  -
Avulta agora um lembrar de quanto pode
em seus arnês-Deserto a lua Negra,

e seus dragões  subsequentes...
Erguer-se  a brisa sem tugirem folhas...
pairar de abelhas  onde  NÃO  as  flores...
e tudo em roda a primavera  Jacinta___

como se o Ferro dessas  nuvens: assim
vivente desque  Mundo esse mundo  -
meus passos seguem xeréns desconformes
orixás descalçados de benguês, Monções___

pra trás  -  cores sóis, aguaçais, a Vida 
agora  -  sombras, noitidão  Infinda.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Agosto(ou Elegia Cragoatenta)


Trocentas, e mais saudades. Há muito um cós desandô
des-zabelê  juriti ver dentes maus
Suçuarana,  quê
viola  Quebrada, o quarto Roto
rés cabrocha mais  Nunca,
os japurás  dos espelhos
 Desconformência___

inás  Jacintas desque  boitempo
 mundo sem Passaredo....

morrentes  dez ' carnações
daronde  Agosto
erês  de Mim  nos Escuros....


Dodecaedro(Para a amiga Lucinha Ramos)

Poesia, coisa cotó
mal-Segura. 
Porém bucéfalos pégasos ômicles belerofontes,
albinelefantes. Transponderentes.

E sobretudo o sol, de miricores
Vestido. Sem nem ciência
nem trêta. Por isso há que se  escrever
inda que nu de docências,
e apesar delas.

É mesmo bestage grossa
a gente se amofinência
por causo dela Palavra? Seja.

Mas seja também, rapazes,
aquilo capitão Rodrigo
dizente ao velho  Amaral
"mas fico. Mas fico. Mas Fico".

Pra isso niente cabrália
nem valhamão catecismo
nem cagação padrenóstia de cambulhada livro de receitas
nem ripolices, achaques  -  nem mesmo os meus  -  ói só:
se comem  "uns", é boca-livre pra comerem cem,
mais cem mais cem mais cem mais cem 
Mil____

coisa cotó mal-Segura,
amofinência, falácia,
blá. Luta mais vã
lutar com palavras, ' ticetrital. Porém

bucéfalos pégasos belerofontes,
albinelefantes. Um nada, tá. Mas tarambéééém
 bota aí que cem  Tudos,
ver ao Quadrado.

sábado, 7 de setembro de 2013

Mulher de branco mostrando as costas(Inspirado na pintura "Mulher", de Eduardo Arguelles, exposta no bistrô da livraria Prefácio, Botafogo-RJ. Para a amiga Ana B.)

Azuis respiram sinos cochambrando Sempres
onde terraços nos ares,
nuvens chovem pra Cima.

Ela bulhó Legião, todos os sonhos
do Mundo. E girassóis,
azuis num súbito Encanto,
farfalhéus edifícios 
em caiporas
de sapatilhas pela névoa do quarto.

As costas sabem Universo
que se delira em escala
degraus acima enquanto anjos canhotos
desligam máquinas de asfalto.

Deixar que siga dançando
o  Sono,
lençóis de nuvens
carinhando o  quarto.

Evangelisium(Para o amigo Domingos Guimaraens)

Dispois das sete,
da Noite. No mei' caminho
era o Catonho chamando os vivos, os mortos
mostrando Escuro no mato,
postiguim de los Quintos.

Carros perturbam o sono das árvores 
levando ternos que vestem gente,
eram de carne quando Infância no mundo.
Dispois a   Noite, uns quizabruns
roncós de trombones 
empós as sete,

e o vento chamando um Tudo
de longidões onde não falam  Hospedês____
lusco menos  corró
cada verão que passa, as avenidas querentes
do que é meu corpo e meu sangue

no mei' caminho
onde  Catonho abocanhando elas flautas, 
mais risoléus da Virgem Santa e dos anjos 
(aquele gauche nunca mais  Irídio) 
no terreirão da Portela

dispois das sete, Jacinta____
a noite Adulta  engole os vivos, os mortos:
as omoplatas  de Pedra.

terça-feira, 3 de setembro de 2013