terça-feira, 11 de março de 2014

Hora(À memória de Fernando Pessoa)

Como disseste, Fernão, a Hora
sabe a ter Sido. Foi. Dispois

de inúm'ros Retardos, jabasterês____
vida Avaríssima nos centopérios glissantes ver Esperanto
e mar em rés de Bonanças, é que se vê
mais nunca Nunca DE-NUNCA os  Aléns,
quaisquer os credos
entrantes na maravalha, jardins  Obesos
de  Assombracências pelas janelas do crânio:

empós os Ferros
num descerê catifundo goelas-Abaixo,
sabe a ter Sido, Fernão,
a tal da Hora.

Passarandéu
do itororó que  Tentei
não vendo  aguança de chuva
em quinze léguas-Trançura, os seridós
mais secos  nos zóio d'água, ebós de há-Muito
Defuntos.

As naus , agora: um caboré
de infâncias pluritrancadas, vozes pulmões
Jacintos de sol que valha...

Fernão  Fernão  pra muito  Muito
disseste: que essa tal Hora
sabe a ter Sido...
Foi. Dispois deleres os cús____

jabasterês e Retardos, vida Obesa
nas Peias: 

coros Saltério
assim que morto
sol das últimas Cores, velas no mar
ao Longe.

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