sábado, 26 de abril de 2014

Para dançar apesar da chuva(Soneto, inglês, nº 80. Pra amiga Lilian Dórea) )

Então que pulha e Madrasta mais aparece
isto calhão de  Escuro às vezes chamado Vida.
A gente olhando pra mesa cheia 
de papelês e reclames e vencidas contas 

e bilhetinhos e encós e bumbas tripúdios
a nos lembrar que tudo passa num galope
Doido e a gente frigindo os ovos se vê sem cravo
e sem rosa e sem marulho de Cor, querente só

de se esconder na grota escura mais Funda.
Mas olha, olha então pra janela, pra esse marzão
de azul-Profundo em quizombárias danças
a nos dizer que a chuva pode sim roncar Bravura:

mas vai-se embora e a vida surge  -  de Novo:
rondó mais sempre, de Sêmpreres.


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