segunda-feira, 20 de julho de 2015

Cantiga Tristirininha, em ré menor(Pra querida Sarah Valle)

O que nas Antiguanças já fui  -
criança alada com latifúndios de Vôo  -
hoje são dunas de sal,
são lágrimas, Oceanamente_____

meu pai Roncôlho nunca me disse
que era bom pedir conselho pras flores,
que ouvir o canto das mães d'água à tardinha
punha em fuga as jitiranas do Mal
e os prequetés do Capeta,
e que homem e mulher são Um
dentro da mesma carne.

Mas não____ meu pai tinha na cabeça
dálias de ferro gigantes
e árvores-Monstras chovendo ácido
nas pegadas que levavam aos marcos do Horizonte,
caminho aberto desde Emaús pelo Hóspede,
que hoje nas minhas cinzalhas
(um dia campos de trigo)
são galeronas pejadas de caiporas-Rúins,
penumbras d'água Malsã, silêncio de losangos Frios,

sem mais um visgo de sol
tamborilante nas janelas do quarto.

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