segunda-feira, 17 de julho de 2017

Dezesseis de julho, 1950(À memória de Barbosa. Para Luciana Moraes)

Eis o cântico do homem:
desde a Antesala se observa a sustância
do tempo, e do demônio que a respira,
e desque descemos os costados das árvores 
trazemos uma morte de bolso,
palirindrômica, e cheia
de caretas pra lua___________

o fantasma de Moacir Barbosa
inda se coça com caco de telha
(aliás desde BEM antes do desencarne) -
Maracanã dezesseis de julho
saltando arrítmico naquele último escanteio,
erínias que gargaralham cheias de pés
e dentes de cinquenta andares___________

eeeis o cântico do homem -
à meia noite daquele dezesseis de julho 
as cinco virgens sem Lâmpada vogavam sem olhos
sangrando os dedos em todas as portas
dos subúrbios da Leopoldina,
e grajeús ai ai meudeeeels
nunca Mais, nunca MAIS grajeús
'rastando espárdias nos lajedos,
nuvens de igrejas mórtuas e cartas 
dum tarô verdamarelo queimado como??

mato de beira-pista no verão, que você nunca
nunca não sabe se foi muleque ou o sol
que ligou o 'terruptor do Fogaréu.

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